“Medicina de Produção” é uma abordagem multidisciplinar do sistema de produção, envolvendo praticamente todas as áreas de conhecimento necessárias para garantir a saúde e viabilidade econômica trabalhando, dentro da fazenda, de forma integrada: clínica, epidemiologia, patologia, medicina veterinária preventiva, nutrição, reprodução, gestão de pessoas, gestão econômica, produção de gado de leite, qualidade de leite, meio ambiente, comportamento animal, etc...(Risco,2011)
Em 1985, o Prof. Blood Henderson, diante dessas novas exigências, propôs que a medicina de produção deveria seguir alguns princípios, como:
√ Reconhecer que existe alta relação entre os procedimentos no sistema de produção e as enfermidades;
√ Principal objetivo: redução do prejuízo causado por doenças que têm os erros de manejo como principal fator de risco;
√ Conceito de doença subclínica, trazendo maiores prejuízos do que a clínica;
√ Mudança do comportamento do produtor e do técnico.
Na década de 1980-1990, alguns problemas sanitários aumentaram tanto sua frequência, que parecia que se tornaria inviável, economicamente, criar animais de produção em modelos intensivos. Entre estes problemas, na pecuária leiteira, podemos destacar as infecções da glândula mamária, as afecções de casco e a diminuição da eficiência reprodutiva. Por outro lado, neste período, houve um crescimento dos conhecimentos da nutrição animal, especialmente em vacas de leite, contribuindo para aumento da produção e também, de alguma forma, da saúde dos animais. Porém, sabemos dos problemas digestivos e metabólicos ocasionados por dietas desbalanceadas, pelos excessos e manejo incorreto da alimentação.
Fonte: revista leite integral. n.96, Mar.2017